Um garimpo ilegal foi fechado e pelo menos cinco pessoas foram presas nas proximidades da Terra Indígena Zo'é, situada nos municípios de Óbidos e Oriximiná, no Pará. A operação envolve Ministério Público Federal (MPF), Funai, Ibama e as polícias Federal e Militar.
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará também participa da ação realizada na chamada Zona Intangível das Florestas Estaduais Trombetas e Paru. A operação foi deflagrada na quarta-feira (17).
De acordo com o MPF, o garimpo foi descoberto em março deste ano, quando em outra operação três garimpeiros foram presos e um deles avisou da existência desse segundo garimpo.
Os garimpeiros foram presos em flagrante. Eles vão responder por crime ambiental de lavra clandestina, posse ilegal de arma e de mercúrio.
A terra indígena foi criada em 2008. A área não pode receber nenhum tipo de exploração econômica. O objetivo é evitar a transmissão de malária aos Zo'é.
Segundo o MPF, antes da criação, a presença de madeireiros no local provocou a contaminação de 80% da população indígena, que hoje soma quase 300 pessoas.